segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

O anti-Photoshop
Saber se a foto que estamos vendo em revistas, jornais, outdoors, no Orkut ou onde quer que seja, é verdadeira ou manipulada é um dilema em uma sociedade viciada em Photoshop. Mas se depender dos cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) isso vai acabar ou pelo menos se tornar mais fácil. Eles criaram um software igualmente poderoso, porém ele não melhora as fotografias, mas veio para desmascará-las. Sim, o programa promete detectar toda e qualquer manipulação de imagem, e já está até sendo chamado de anti-Photoshop. Ele usa leis da física e da matemática para analisar as imagens e calcular, por exemplo, a incidência de luz sobre cada elemento da foto. “Nós queremos restaurar a confiança das pessoas nas fotos digitais”, diz o pesquisador Kimi Johnson, do MIT.
O software ainda está no laboratório, mas não vai demorar para entrar nos computadores – a própria fabricante do Photoshop já se interessou em comercializá-lo. É esperar para ver.
Porém, algumas manipulações feitas com o Photoshop não precisam de nenhum programa especializado para detectar o seu uso, para rir um pouco e descobrir que muitas vezes apenas com um olhar mais apurado dá pra descobrir verdadeiros assassinatos cometidos com o uso do programa, eu indico o blog: http://photoshopdisasters.blogspot.com/.
Até mais,
Gabi.

terça-feira, 11 de novembro de 2008


"A Internet nos deixa estúpidos"


Quem afirma é o americano Mark Bauerlein*, professor de inglês, 49 anos e morador de Atlanta. De feição e vida aparentemente calma, Bauerlein vem causando um verdadeiro "frisson" com seu livro "The Dumbest Generation". Segundo ele, os jovens passam tanto tempo trancados em seus quartos e em mundos particulares, que acabam por perder o interesse por assuntos importantes como história e política. Parece exagero? Mas não é. E o pior: o problema não é só dos EUA. Basta uma procura simples no Google sobre jovens brasileiros e a internet para obter uma lista enorme de resultados do tipo: "Jovens do Brasil são os que mais têm amigos virtuais, diz pesquisa", "Web: 53% dos jovens brasileiros vêem conteúdo impróprio", "Jovens brasileiro navegam de forma insegura na internet"... E por aí vai.
Assim como Bauerlein, não sou contra o uso da internet, mas não há como reconhecer algo saudável no hábito de milhões de meninos e meninas no mundo todo que passam o dia trancados em seus quartos, isolados em um mundo que só entra quem estiver habilitado com msn, orkut, flog... Um mundo de individualismo, de pouco convívio real com os amigos e raríssimo momentos com a família. São jovens e crianças que estão crescendo e solidificando suas opiniões e sua formação intelectual no que lêem na internet. E o que lêem na rede? Textos curtíssimos, escritos de forma abreviada ou em uma linguagem própria, recheados de erros de português e superficialidade. Por isso se sentem extremamente desinteressados em ler uma obra de Machado de Assis, por exemplo. Ou uma simples revista, ou um jornal. Estas crianças e jovens passam a ter duas vidas: a real, que muitos tentam esconder, e a imaginária, aquela em sites de relacionamento, onde podem ser quem quiserem, inclusive mais velhos. Esse é um fator importante a ser analisado, pois acarreta na perda de identidade e pode chegar a situações de extrema confusão psicológica. A internet tornou-se popular no final do século XX e provocou mudanças na sociedade, “vamos” ao banco com poucos cliques, fazemos compras, ficamos sabendo das últimas notícias do mundo todo no momento em que acontecem... Por esses e outros motivos é impossível negar sua importância e seu poder de facilitar a nossa vida. E é isso que precisa ser levado em consideração quando discutimos suas implicações sociais para não querer mudar tudo com muito radicalismo.É completamente possível usar a internet para ler e-mails, notícias, fazer pesquisas e conversar com amigos de forma saudável. Não é impedindo nossos jovens de usá-la que chegaremos a uma solução, não podemos fechar os olhos e ignorar sua existência. Não é preciso “parar no tempo” para fazer os jovens pararem alguns momentos por dia de serem tão dependentes da internet.
Afinal, o problema não está na tecnologia, mas na forma como as pessoas a usam. Com base nisso Bauerlein propõe momentos de “desconectar-se” um pouco para realizar programas com a família, para ler algo que não esteja na tela do computador ou simplesmente para relaxar.
Claro que a resposta seria a resistência dos jovens internautas, acostumados com a vida on-line. Mas com a ajuda de educadores e pais é possível mostrar que a internet não é o mais importante da vida e que estes meninas e meninas não são o umbigo do mundo.

*Super Interessante, Setembro/08


Gabi.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008


A mudança pelo voto não obrigatório

Sei que já faz mais de mês que nós, brasileiros, enfrentamos as eleições municipais. Mas acabamos de viver, sim VI-VER, a eleição presidencial dos Estados Unidos da América.
Digo viver porque pudemos acompanhar todo o processo, com direito a jornais apresentados direto de lá, fato que se explica pelo poder mundial dessa nação.
Algo sempre me chamou muito a atenção nas eleições americanas: os cidadãos não são obrigados a votar. Algo que me chamou mais ainda a atenção: esses cidadãos mesmo não tendo esse dever, enfrentaram filas e elegeram o primeiro presidente negro da história dos EUA.
Interessante demais, talvez um exemplo de que a vontade de mudança era mesmo grande, assim como a desaprovação do "modelo Bush de administração", defendido pela vice de McCain, Sarah Palin. Ela que chegou a se auto definir como "Bush de saia".
Essa mudança pode nos levar a reflexão sobre os efeitos da não obrigação do voto, aqui no Brasil. O número de votantes com certeza diminuiria, nos Estados Unidos só votam 30% a 40% dos eleitores. Mas o cientista político Rogério Schmitt, em um artigo de Maria Fernanda Vomero, acredita que no Brasil o número não diminuiria tão rapidamente. Avalia que as abstenções ficariam por conta de quem normalmente não vota e dos que votariam em branco ou nulo, isso devido ao hábito.
Se votar não fosse obrigatório, a eleição não seria feita de indivíduos, mas os partidos ganhariam destaque, como vemos lá: Democratas e Republicanos. Ouvimos mais o nome dos partidos do que dos próprios candidatos. A principal mudança trazida por isso é o espaço cada vez menor que sobraria para candidatos que surgem do nada, carregados por uma legenda de aluguel. A qualidade das propostas melhorariam, juntamente com os critérios de escolha dos candidatos.
Com uma eleição assim seria bem mais difícil convencer um eleitor a votar, já que ele poderia escolher viajar, ir à praia ou simplesmente aproveitar o dia para ficar sem fazer nada...


Gabi.

domingo, 2 de novembro de 2008


Começo...


Com a ansiedade e a inexperiência de qualquer começo, declaro aberto mais este blog.
Sim, porque já é o terceiro que eu crio, mas neste pelo menos estou tomando vergonha e escrevendo este primeiro post.
Uma vez eu li um artigo que dizia que os jornalistas têm medo de blog. Discordo. Não encontro um motivo para medo. Sempre admirei e li muitos blogs e não acredito haver uma outra forma mais simples de praticar a escrita e divulgar o que se escreve. Aliás, o blog se transformou em uma forma do jornalista receber a resposta imediata do leitor, algo que pouco acontece em jornais impressos, e pode colaborar muito em sua formação profissional.

Além do mais, o blog é um espaço livre para opinar, algo com que o jornalista sonha tanto e que infelizmente pouco pratica, por estar sempre mergulhado nos textos factuais diários. Sem contar o fato de que em um jornal diário, ou se é colunista ou editor pra escrever um texto opinativo.
Mas voltando ao meu caso, talvez eu ainda demore pra me sentir realmente segura com o que eu escrever aqui, o que não tem nada a ver com o fato de eu estudar jornalismo. Mas até esse dia chegar vou ensaiando.
Quero dar minha opinião, minha impressão sobre assuntos que me interessem e coisas interessantes ou bizarras que eu ver por aí. Ah! Sempre considerei uma heresia o modo como tantos brasileiros andam usando nossa língua em blogs, sites de relacionamento ou onde for, por isso prometo transformar este blog em um espaço para defendê-la com unhas e dentes.


Quem ler, que diga o que achou no espaço especialmente dedicado.




Atenciosamente,


Gabi.